domingo, 19 de dezembro de 2010

Sobre estar bem assim

A depender de mim
Os psicanalistas estão fritos
Eu mesmo é que resolvo os meus conflitos
Com aspirina amor ou com cachaça
Os gritos todos virarão fumaça
A dor é coisa que dói e que passa
Curar feridas só o tempo há de
Toda regra para o bem da humanidade
É certo necessita de uma exceção

A depender de mim
Os publicitários viram bolhas
Eu sei como fazer minhas escolhas
E assumir os erros que lá vem
Se a alma finca pé os medos somem
Menino nunca deixe que te domem
Mau pai dizia o verdadeiro homem
Sabe o que quer ainda que não queira
Besteira é não seguir o coração

A depender de mim
Os padres e pastores serão tristes
Eu penso mesmo que deus não existe
E ainda assim quem sabe eu creia em deus
Se deus é o outro nome da verdade
Deste momento até a eternidade
Eu levo entre mentiras e trapaças
Besta felicidade frágil farsa
.do que preciso riso preces e paixão

A depender de mim
Os padres e pastores serão tristes
Eu penso mesmo que deus não existe
E ainda assim quem sabe eu creia em deus
Se deus é o outro nome da verdade
Deste momento até a eternidade
Eu levo entre mentiras e trapaças
Besta felicidade frágil farsa
.do que preciso riso preces e paixão

Assim disse o mestre Baleiro.

A existência de um deus pouco me importa. Sou auto-suficiente, conquistei esta medalha na época em que construí meticulosamente o meu caráter. Da janela da minha casa no Laranjal, pensei e falei para dentro: “Diga ao povo que fico”. E fiquei. Ali, na epifania de saber que apenas a minha existência bastava para a minha existência.

Não sou desses chatos que gritam aos quatro ventos que existir um deus é um absurdo. Talvez até exista, seja bonzinho e queira o meu bem. Talvez não. Apenas me considero superior a um ser superior. Pode até haver um documento que sirva de roteiro para a minha vida, mas eu sou um expert em improvisações. O “diretor” pode até ficar bravo comigo, mas pouco me importa, porque eu sou o mais importante da história. Jai, Guru, Deva, Om: Nada mudará o meu mundo. Nada mudará o meu mundo.

Até aceito, com doloroso sorriso, os conselhos dos outros. Mas acabo sempre escolhendo a opção que me agrada mais. Sou onisciente, onipresente e único na minha história, apenas eu, conhecendo minha história melhor do que ninguém, posso julgar o que é certo ou errado para mim. Aliás, isso varia de pessoa para pessoa. O que é correto para quem está escrevendo agora, pode ser totalmente errado para você que está lendo isso aqui. Mas eu não lhe julgo, leitor amigo, até mesmo lhe incentivo a ter uma opinião diferente da minha. É assim que a vida funciona no meu mundo perfeito; cada um criando suas próprias leis e caminhos para aquele que é o objetivo geral da existência humana: Alcançar a felicidade.

Talvez deus até exista, mas eu não quero que me procure.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobre Sandy Leah

Tô aqui depois de uns meses pra falar de mais um assunto de extrema importância. O buraco em que se encontra a música brasileira depois do Restart ter ganho todos os prêmios no VMB? Não. A Folha desesperada para arranjar um jeito de impedir a Dilma de se eleger? -N. Aquecimento global? Necas de pitibiribas. Brasil de Pelotas? Errou também.

O fato é que vi este vídeo e ele fala muito do tipo de mulher que eu gosto. Não que eu goste da Mallu, acho ela meio monguinha as vezes, mas o fato é que esse jeito um pouco quieto e fofo dela e, principalmente da Sandy, me encantam profundamente. E vou defender meus argumentos nas próximas letras.

Estava eu ouvindo "She" na versão do Elvis Costello e pensando no tal vídeo até que me vem a mente o seguinte: Sempre que eu digo que sou perdidamente apaixonado pela Sandy, vem um (geralmente uma) babaquinha dizer "nossa, mas a ela é tão sem graça", ou "mas ela não canta nada!", ou ainda "tu é até viado pra gostar de mulher assim". Ah, e tem a minha predileta: "ela é tão SEM SAL". Amigo, o corpo humano possui, em média, 250g de sal. Cada célula humana tem um tantinho de NaCl. Não é preciso ser um expert no assunto pra saber que todo mundo tem MUITO sal no corpo. Mas ok, não é esse o ponto que eu quero pegar. O fato é que SIM, as mulheres que eu costumo achar mais interessantes são aquelas mais quietinhas, que tenham uma voz mais fraquinha e um rosto mais angelical. Fazer o que, esse sou eu. E não é nem aquele lance de "EU CURTO O INTERIOR". Não. Apenas esse é o tipo de mulher que eu gosto. Tem gente que gosta de menina gostosa, menina que goste de futebol e - pasmem - até mesmo mulher que arrota, eu gosto de mulher que fala baixinho.

Cara, pra mim não tem nada mais horripilante que uma mina arrotando. Por quê? Porque isso não faz parte do universo feminino. E certamente vai ter gente que vai dizer "nossa, tu és machista". Não é isso, eu só tenho um grande apreço por mulheres femininas. Acho isso extremamente sensual, afinal, eu sou um homem heterossexual, eu me atraio por MULHERES, nada mais normal do que achar mais interessante aquelas que se aproximam do termo MULHER. Sim, as mulheres têm de lutar pelos seus direitos, realmente têm de ser iguais aos homens no quesito profissional, agora, falar palavrão em demasia, arrotar, etc. pertencem ao universo masculino. Assim como ser doce, leve e cheirosa faz parte do universo das mulheres.

Sandy Leah é exatamente isso: Ela é cheirosa, leve e, acima de tudo, é extremamente feminina. Por isso que eu a amo há uma década. Sempre vi nela o ideal de mulher perfeita e tinha a certeza de que, com o passar dos anos, ela não me decepcionaria. Sandy Leah fala baixo e preza pela educação, algo que algumas mulheres têm deixado de lado ultimamente, regredindo anos em relação a sua liberdade. A mulher tem de criar o SEU espaço e lutar por ele, se transformar em um homem apenas a fará continuar em sua sombra. Exemplo claro: Sou muito mais Sandy Leah do que Lady Gaga. Porque a primeira soube preservar aquilo que é mais seu: Ser uma menina. Tenho o maior orgulho de dizer que prefiro mulheres nesse estilo. Prezo pela educação. Prefiro uma prenda que toque um violão de leve, pisque os olhos levemente e tussa de forma fofa a uma que ganhe concursos em rodízios de pizza.


E é por isso que eu amo Sandy Leah.


Usem perfume.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre essa coisa de todo mundo escrever

Nunca fui um cara atraente para o sexo feminino no que diz respeito à minha LATINHA. Também nunca fui dessa galera moderinha que as minas dizem "ele é charmoso exatamente por não ser charmoso". Não, simplesmente não sou. Por isso, quando tinha lá pelos doze anos e comecei a ver as menininhas como um ser a quem eu poderia vir a ter uma relação afetiva, resolvi que focaria em uma habilidade e a tornaria o meu CHARME. O método de escolha não foi lá muito complicado; eu anotei na minha cabeça tudo que eu gostava de fazer. Na minha lista tinha jogar futebol, contar piadas, fazer massagem em mulheres, desenhar, tocar violão e, finalmente, escrever. Fora a massagem (mulheres, sou bom nisso, me procurem), todos os outros ítens eu não fazia direito - e até hoje não faço, logo, foram automaticamente excluídos da minha lista. Sobrou então a tal massagem e escrever, mas sei lá, não conseguia imaginar na minha cabeça que eu me daria bem com as minas simplesmente fazendo a região do ombro se mexer suavemente. Restou então a escrita. E, desde então, eu me esforço ao máximo pra fazer isso bem feito já que né, esse seria o meu único talento, minha única chance. No final das contas, eu não tenho conhecimento de nenhuma guria que tenha começado a ter sentimentos por mim por causa dos meus textos. Mas tô aí na luta.

O problema é que, depois do possível fim dos Blogs por causa de uma ferramenta chamada Twitter, que permite ao cara ter mais informações publicadas, em menos tempo e com mais Feedback, uma galerinha tem se metido a escritora. Por um lado, isso é bom, mais gente se expressando, jogando pra fora tudo aquilo que estava dentro de si, menos gente con stress, vida boa, felicidade, OBA. Por outro, esses filhos da mãe tão meio que acabando com tudo que eu demorei quase uma década pra construir. Hoje qualquer um escreve umas coisas legais e as mulheres dizem "nossa, ele escreve, olha que charmoso". Eu, que demorei pra conquistar meu espaço, agora tenho que dividir ele com um bando de marmanjo novo no pedaço. E o pior: Esses caras TEM OUTRO TALENTO. Sei lá, uns são altos, outros são ricos, alguns jogam bem futebol ou tocam bem algum instrumento musical e, não satisfeitos em conseguir a mulher que quiserem por terem uma coisa legal pra mostrar, querem acabar com a minha única chance de conseguir alguma coisa.

Fica aqui meu apelo: Caras, vocês já são charmosos e já conquistaram o seu espaço em uma terra fértil. Deixa um cantinho pra mim.