quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sobre o nada


Estava aqui fazendo nada e o aleatório do Winamp botou pra tocar Anna Júlia. Sei lá, isso não tem nada a ver, só achei esquisito mesmo. Anna Júlia, assim do nada. Sou um grande fã da música, btw, não entendo o porquê de os fãs de Los Hermanos a criticarem tanto. A única parte ruim de Anna Júlia é quando você é DJ de uma festa, coloca ela pra tocar, no calor do momento decide deixar no mudo durante um “ô Anna Júliaaa” pra todo mundo cantar e ficar uma coisa bonita, mas acabar sem querer apertando no pause e estragar tudo, rendendo até algumas injustíssimas vaias. Não que isso tenha acontecido comigo. Foi com um amigo meu.

É uma droga quando isso acontece. Você fica pensando “poxa, tava indo tudo tão bem, era só seguir na linha, a música acaba todo mundo fica feliz, coloca outra música e fim”. Pensa nas coisas erradas todas da vida, mas que droga, o show da Fiona Apple ia ser tão legal, a Ruffles não vai fazer o sabor Milho na manteiga nesse verão, eu deveria ter apresentado meu TCC, eu deveria ter aguentado o desvio de função no trabalho. Começa meio que a passar aquela música chata dos Titãs na cabeça.

Uaaaaaaah, tô ficando com sono, o Winamp passou pra uma música meio chata agora. Vou trocar por uma um pouco mais agitadinha. Tomara que eu não me arrependa disso. Ah, tava tão bom naquele marasmo todo, dava uns 15 minutos e era cama, agora vou ficar sem sono até às cinco de novo. Vocês não acham que às vezes o maior problema da insônia é que a gente fica pensando muito nela? Tipo calculando quanto tempo ainda terá de sono se conseguir dormir nesse exato momento. Não, mas eu ainda preciso de uns 10 minutos pra dormir MESMO, então tem que descontar.

Nossa, que texto de merda. Sobre o nada. E nem acabou ainda, vocês têm de concordar comigo que esse texto (AE MARAVILHA, O WINAMP BOTOU THE CURE PRA TOCAR) ainda não terminou. Não teve ainda aquela frase que mesmo sem saber você sabe que significa que o texto tá no fim. Tipo quando só sobraram uns pedaços quebrados de Ruffles no pacote.
Sério, Ruffles. Milho na Manteiga.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sobre o xaveco na internet: Uma abordagem histórica (Parte 1)

PARTE 1: Do IRC ao MSN

Acho que esse mouse não funciona de verdade

Tenho favoritado muitos tweets de molières interessantes. Interessantes por vários motivos, por o papo ser bom, por serem bem-humoradas, por serem bonitas ou simplesmente por serem perfumadas. É um tipo de impulso do meu coração. Acho que se fossem tweets escritos por homens não surtiriam tanto efeito. Mas eu também favorito tweets de caras.


Para mim o botão de favoritar é o lance mais legal da rede social mais legal atualmente, o Twitter. Isso porque tem várias utilidades, vários tipos de interpretação para um mesmo gesto. O simples ato de favoritar pode significar que o usuário deseja guardar aquela publicação por achá-la bacana (ou engraçada), que o usuário quer mostrar a frase ali escrita pra outra pessoa não online no momento, ou como eu (e sei que vocês também), que às vezes utilizo esta ferramenta como forma de chamar a atenção das gatas.

É um esquema que já está presente há muitos anos (já dá pra dizer décadas) nas redes sociais, desde antes desta denominação ser amplamente difundida. Não utilizei muito o ICQ, então não sei como funcionava por lá, mas no IRC já se via algo do tipo. Entrar no mesmo canal de uma pessoa interessante já era uma forma de dizer “oi, não se esqueça de mim”. Funcionava muito pouco, na verdade. Era um conceito muito abstrato ainda àquela época. Talvez por estarem começando nessa história de xavecar uns aos outros através de uma tela de computador, os jovens não sabiam direito com fazer. Mas era assim que faziam. Aquela gata não veio falar com você? Sai e entra de novo no canal que ela vai ver que você está ali. A não ser que ela já soubesse disso e simplesmente não tivesse interesse, aí era caso perdido. Só partindo pra outra.

Mais pra frente um pouco, quando o Orkut ganhou terreno na disputa com IRC (a disputa era ferrenha até que o site deixou de ser restrito a convidados), esta ferramenta também precisou ser migrada. E arrisco dizer que esta migração foi a principal responsável pela última pá de cal no IRC. Nos primórdios do Orkut, a principal forma de lembrar a sua existência para uma pessoa especial se baseava em simplesmente fazer login na rede social. Poucas pessoas não sabem, mas aquele grupo de nove amigos no canto direito superior da tela não era escolhido aleatoriamente; eram as nove últimas pessoas a logar no Orkut. Assim a ferramenta era utilizada até meados de 2006. Funcionava como uma espécie de luz acesa numa janela do prédio em frente durante a madrugada. “Estou aqui também”. Mas era um pouco sutil demais. Os galanteadores da internê precisavam ser mais incisivos.

No orkut era sempre hora de entrar no jogo da conquista

Foi aí que surgiu uma das ferramentas mais contraditórias, polêmicas e apaixonantes da história das redes sociais: O marcador de visualizações de perfil. Na época foi uma comoção nacional. É o fim da privacidade na internet. Orkut já não é mais o mesmo. Orkut ta com os dias contatos. O mundo vai acabar. Fora Bush. Claro que era um absurdo aquilo tudo. Você não poderia mais passar uma semana inteira de butuca no scrapbook daquela pessoa que conheceu quando tava olhando o scrapbook de outra pessoa. Mas tudo poderia continuar como antes. Era só desativar o visualizador e seguir com a vida. Mas a tentação era grande, não era, jovem? Você queria saber qual gata(o) tinha dado uma bisuca nas suas fotenhas. Surgiu na época até um programa que possibilitava ver quem visualizava seu perfil sem que os outros fizessem o mesmo, mas era um vírus que roubava a senha dos usuários. Mas aí, provavelmente na histórica comunidade do Grêmio, a malemolência clássica da internet começou a criar vida também neste âmbito.
Apesar de todos os pontos negativos já citados anteriormente neste texto que já ta meio grande e por isso eu vou tentar falar um pouco menos, o visualizador poderia ser um grande aliado na eterna arte da conquista cibernética. Poderia ser aquele amigo que conta para a mina que você está a fim. Quando aparecer nas visualizações do perfil de uma pessoa se tornou sinônimo de quero te pegar, o visualizador se tornou o grande catalisador de relacionamentos. Era olhar o perfil da gata, a gata olhar de volta, mandar um smile pelo scrapbook e partir para o abraço. Aí foi só terminar a contagem e comemorar o nocaute no IRC. Como em Tropa de Elite 2, o inimigo agora era outro. Na verdade não tem muito a ver com Tropa de Elite 2. Mas o inimigo agora era outro mesmo.

PARTE 2: Do Facebook ao Twitter

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sobre um descanso do TCC

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sobre a tarde de hoje


Anna Kendrick, tuitaram na tarde de hoje que você cantou Bruno Mars. Talvez você não saiba, mas aqui em meu país o verbo “cantar” pode significar duas coisas. Além do sentido corriqueiro, pode significar que você está dando em cima de alguém. Fiquei muito triste por pensar que você estava dando em cima de Bruno Mars. Seria mais uma mulher bonita caindo nos braços desses caras com camisa xadrez, chapéu e violão tocando músicas simplórias. Felizmente o que aconteceu foi que as lágrimas em meus  olhos não me deixaram ler a manchete até o final: Você estava cantando Bruno Mars em um clipe da comédia musical que estrelará em breve.

Aliás, gostaria de falar um pouco sobre isso. Torço para que você ganhe muito dinheiro com esse filme, pois está complicado assistir até o fim aos clipes lançados até agora. Você é linda e canta legal, mas eu nunca vou conseguir entender esse universo dos musicais onde as pessoas  PARAM O QUE ESTÃO FAZENDO PARA COMEÇAR A CANTAAAAAAAAAR ♪ . Estou fazendo um esforço tamanho, mas está ainda mais complicado do que quando lançam um filme novo de Crepúsculo e eu tenho que assistir por sua causa. Você não acha que eu já estou merecendo uma recompensa por tantos anos de esforço? Sei lá, uma plaquinha em seu twitter dizendo que sou o funcionário do mês, ou quem sabe um beijo, não sei.

Quando eu descubro que você está em um filme que tá passando na TV de repente, nossa, é como quando eu estou em casa vendo Faustão em um domingo nublado e o sol aparece de repente. Melhor ainda é quando eu descubro que vai fazer um filme que eu tenho certeza que será bom. Como 50/50, Scott Pilgrim e Amor sem Escalas. Como eu amei você em Amor sem Escalas. Fiz inúmeras besteiras no trabalho só para ser demitido e poder lhe ver. Mas acontece que não era você e eu fiquei sem dinheiro por muito tempo.

Enfim, Anna, vou terminando por aqui pois não quero chegar ao ponto de ficar meloso e dizer que amo quando você tenta colocar seu cabelo volumoso para atrás da orelha, os seus dentes grandes, o jeito como fala muito rápido, mas não se atrapalha, quando levanta  uma sobrancelha, o fato de ter tido a maior sorte do mundo por amar vermelho e ficar extremamente linda quando veste essa cor.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ainda bem que existe o E.C. Pelotas




Deixei de ir ao cinema para ver o jogo de domingo contra o Juventude na Baixada. Tinha decidido que finalmente veria “Para Roma, com Amor”, do Woody Allen, um de meus prediletos. Embora uma de suas mais fracas, a atual fase do diretor é charmosíssima e “mão livre”. Allen já provou tudo o que precisava.

Fiz essa escolha porque estava com saudade de ver o meu Brasil disputando uma partida de verdade. Fui na outra semana assistir ao jogo contra o Inter de Santa Maria e vocês me entendem agora. Cheguei na metade do primeiro tempo, quando tudo ia bem e o time jogava melhor que o Juventude. Seja porque sou pé frio ou não, a partir daí foi só desastre, como todos sabem.

Saí do estádio com claro e totalmente justificável abatimento. Meu Brasil não voltará para a Série C esse ano e em 2013 muito provavelmente não disputará competições nacionais. Muitas perguntas me vieram a cabeça. Para onde o Brasil está indo? Existe alguém no comando desse trajeto a lugar nenhum? Quando o Xavante irá sair dessa fase que, ao contrário da vivida por Woody Allen, é fraca e nada charmosa? Quando irá parar (odeio a palavra parará) de me decepcionar? Acontece que, desde 2004, quando ainda com Milar e Marcos Tora o Brasil voltou à elite do Gauchão, o torcedor xavante não tem grandes felicidades. No máximo flashs de segundos em meio a uma total escuridão. Como quando empatou aquele jogo contra o América de Minas pela Série C e, por alguns minutos, estava subindo para a B. Ou ainda esse ano, quando o Passo Fundo empatou com o São Paulo e o Brasil estava passando de fase na Segundona.  Porém, em meio a todo esse limbo sem fim vivido pelo Xavante, existe uma luz verdadeira. Existe um banho de sol.

O Brasil não perde para o E.C. Pelotas há muito tempo e parece que vai permanecer assim por mais ainda. Até mesmo no clássico de ontem, com o rival jogando em casa e supostamente favorito, o Brasil quase saiu com uma vitória, não fosse um pênalti totalmente infantil cometido por Éder Silva. Mesmo com um dos piores times da história de seus segundos semestres, o Xavante conseguiu se manter sem perder do rival há séculos. Mesmo com um dos piores times da história de seus segundos semestres, o Xavante conseguiu manter essa alegria. O E.C. Pelotas não foi feito para vencer Bra-Pel. Foi feito para algo muito maior: Trazer alegrias para o Brasil, função deveras honrosa! É como se o time da avenida fosse um comediante – e dos bons! - responsável por trazer leveza a ambientes sombrios e pesados. Poucas coisas na vida são tão boas quanto fazer alguém feliz e os torcedores áureo-cerúleos devem se orgulhar dessa função tão espetacular exercida pelo seu clube do coração. É como se o E.C. Pelotas fosse um Doutor da Alegria e o Brasil  um doente. Como se fosse aquele personagem vivido pelo Robin Wlliams.

Obrigado por existir, E.C. Pelotas. Parabéns pela importante função exercida. Longa vida.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sobre o fim de uma piada

Aproveitem os últimos momentos de graça dessa imagem


Tô fazendo esse texto ouvindo Radiohead. Quem quiser pode conferir no last.fm. 20:11. Enfim, ontem de noite com dois gols do Emerson Sheik o Coringão se sagrou FINALMENTE campeón da Libertadores con grandes equipos. Não há nada que possamos fazer. Duas bolas ultrapassaram a linha.

“Ai, cara, big deal, tem tanta coisa pior acontecendo, países europeus em crise cancelando bolsas de pesquisa, fome na áfrica, esses dias compartilharam no facebook a foto de um cachorrinho que se perdeu do dono”. Não, caro eu fingindo que estou conversando com alguém. Nada no mundo é pior do que o Corinthians se sagrando campeão da Libertadores. E eu vou explicar por quê. Só espera eu terminar essa salada de frutas aqui.

Acho que tava meio estragada, demorei muito pra comer. Não que tenha algo a ver, mas vamos lá. Eu sou um cara extremamente defensor da diversão. Ou, como tão chamando pelo Brasil, da ZUERA. Mas não gosto de usar essas gírias muito novas porque parece forçado. ENFIM, VAMOS FALAR DO TIMÃO CARA. Por ser tão defensor da diversão, o fato de o Corinthians não ter estádio e nunca ter ganho uma Libertadores sempre foi uma das melhores piadas futebolísticas do mundo futebolístico. Isso por que eu podia até mesmo dizer coisas do tipo “até o Xavante tem estádio! Rsrsrs!”

Agora não posso mais. Agora até o Brasil é pior do que o Corinthians.
Risos lembram dessa? "Corinthians é igual Chaves: A gente  já sabe o final, mas  assiste porque é engraçado". Podia muito bem ser uma foto de "Friends" aqui.

Até duas semanas atrás, quando o Xavante foi eliminado da Segundona Gaúcha (campeonato que, BTW, o Bando de Loko nunca ganhará), eu pensava “cara, que se dane, o Corinthians também não tem Libertadores,  nem estádio tem”. Agora eu tenho que ver no Jornal Hoje o Evaristo Costa, o cara que fez a piada do mamão em pleno século XXI, anunciar uma matéria em que uma mulher fala “chega de piadas! O Corinthians agora tem estádio e é campeão da Libertadoreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeees (sai correndo de repente)”. É muito triste. Agora não tenho mais onde amparar as minhas mágoas com o Brasil. Tá tudo perdido.

Vlw, Sandra, tô vazando do Brasil, não há motivos pra viver em um país com o Corinthians campeão da Libertadores.

É mais ou menos isso, senhores. Acho que vou embora do Brasil (o país). Não por causa dessa coisa chata que dá menção pra alguém dizer "esse é o país que quer receber a copa????????". Não. Sei lá, no Uruguai não tem um Corinthians campeão da Libertadores. Esse ano perdemos Chico Anysio, Millôr Fernandes e a piada do Corinthians sem estádio e Libertadores. Tentemos sobreviver.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Sobre o Lollapalooza - 2º Dia


1ª Parte

Antes


Um mês depois do Lollapalooza eu venci a preguiça e vim relatar pra vocês como foi o segundo dia do evento. Lembram como terminou o primeiro? Blábláblá 4 bilhões de pessoas voltando de metrô, cheguei no hotel, tomei água da torneira, tomei banho e fui dormir. Beleza. ZzZzZZZzzz.

Eu sou muito ruim com ditados e sempre confundo, mas há males que vêm para o bem e resolvi que todos os problemas do primeiro dia virariam ensinamentos para o segundo. Mas isso é láá no fim, vamos começar pelo começo. Acordei ainda cansado do sábado e (pausa pra lembrar o que aconteceu agora, não lembro direito). Ah ta. Mandei mensagens pra Patrícia combinando como eu iria me encontrar com a galere e me organizei sozinho. Combinei comigo mesmo que sairia do hotel meio dia pra comprar coisas como água DE COPINHO, NÃO DE GARRAFA (1º ensinamento), comida, essas coisas. Só esqueci de um pequeno detalhe: Era domingo. Se fosse em Pelotas, provavelmente eu estaria perdido, passaria sede e fome o dia inteiro e talvez meus pais nunca mais me vissem vivo. Mas estava em São Paulo, a cidade que nunca dorme e nem tira soneca depois do almoço, e tinha um supermercadinho aberto. Lá foi engraçado e teve altas confusões, mas tem muita coisa pra contar ainda e a Raquel falou que eu tenho que escrever isso até às 20:20, então prossigamos.

Mesmo esquema do dia anterior de esperar os bróder na estação da Consolação pra trocar pra Paulista e irmos seguindo o fluxo em direção ao Jockey Club. Aí a gente se separou. A Patrícia e o Otávio viraram o The Flash e correram na frente de todo mundo, eu e a Bia caminhamos como pessoas normais e o André ficou pra trás porque ainda tinha que comprar água. O André, btw, não lembro de ter visto antes do fim dos shows. Eu e a Bia entramos e fomos direto pro Cidade Jardim encontrar a Patrícia e o Otávio que, a essa altura do campeonato, já tavam sentadinhos na frente do palco para esperar o Arctic Monkeys. "Quero minha cama logo mas tenho o show da minha vida pra ver", disse ela. A gente não queria fazer isso e fomos andando pelo mundo a fora. Aí eu me perdi da Bia.


Eu sozinho e o melhor show do festival


Sozinho no meio da rua contemplando a lua, eu decidi que beleza, ia curtir forever alone mesmo o segundo dia. Fui na loja e comprei uma camiseta e lembrei que a Bia tinha dito que o Gogol Bordello era sensacional, então resolvi dar um confere. Foi apenas o melhor show de todo o festival. Eu não conhecia nenhuma das músicas e fiquei pilhado mesmo assim. Os caras são muito bons, muito enérgicos e a platéia tava muito animada. Teve até uma roda (literalmente) perto de mim e uma roda (punk) atrás. Sério, gente bonita, ouçam Gogol Bordello. É bom demais.

Infelizmente uma hora terminou o show  e eu mandei mensagem pra Bia dizendo algo assim “CARA ONDE TU TÁ O SHOW DO GOGOL FOI MUITO BOM, TU DISSE QUE IA VER CADÊ TU MULEKE”. Aí ela me respondeu que eu era babaca e que ela tinha visto o show, mas já tava curtindo o palco do Perry. Fui pra lá. Não encontrei ela. Tava tocando uma/um banda/DJ de música eletrônica e tava bem legal, mas eu queria mesmo era correr mundo, correr perigo e fui pra rua.

Friendly Fires

Vocalista do Friendly Fires: Uma mistura de Jammie Cullum com Latino.

Tinha uma hora de ócio até começar o show do Friendly Fires, que eu tinha ouvido umas três músicas no Youtube e achado bom, mas se eles tocassem eu nem ia reconhecer. Sentei no chão e fui comer. As pessoas ficaram me olhando meio estranho, mas nada que os paulistanos não fizessem normalmente no seu dia-a-dia. Meia-hora depois começou o show. O vocalista entrou fazendo umas danças estranhas, mas as mulheres gostaram. Atrás de mim gritaram “que bundinha gostosa”. Fiquei com medo que achassem que eu tivesse dito isso. Curti bastante a performance da banda, os músicos trocaram de instrumentos entre eles e eu acho isso bem bacana. O problema, como em boa parte do festival, foi o som. Em vários momentos o microfone deu bigode e o não dava pra ouvir nada. Na verdade, não sei se foi problema no som ou panaquice do vocalista, porque, do jeito que ele tava dançando freneticamente, a qualquer hora ele podia se enredar nos fios e se matar.


Eu triste. Eu sozinho. Eu tomando Coca. Manchester Orchestra.
Eu vendo quem iria comigo no show do Manchester Orchestra
Depois disso passei pro momento mais forever alone de todo o festival. Teoricamente eu não tinha nada pra fazer durante uma hora e resolvi comprar uma coca e assistir, sentado bem de longe, o show do Manchester Orchestra. Eu tava meio sujo por causa da comida. Até eu mesmo fiquei com pena de mim naquele momento. Snif snif. Mas o Manchester Orchestra representou, gostei bastante da progressão da música deles.

MGMT





Após esse momento infinito triste, fui pro show do MGMT com a seguinte estratégia: Ia assistir ao show até o primeiro hit. No primeiro acorde do primeiro sucesso eu ia sair correndo – realmente correndo – pro Cidade Jardim pra pegar um lugar massa pro show do Arctic. Por isso, tudo o que eu tenho pra falar sobre o show do MGMT é: Tinha uma mina querendo me beijar só pra ficar em um lugar bom. A banda me pareceu meio paradona. Mas não vi o suficiente, quando tocou Kids eu parti em disparada pro Cidade Jardim, MAS...

 Foster the People

Foster the People: A banda moderninha
É óbvio que o Lollapalooza inteiro teve a mesma idéia que eu. Aí eu corri mesmo. Corri como se não houvesse amanhã. Corri como se tivesse um milhão de reais em barras de ouro na minha frente. Corri e peguei um lugar legal, mas com um bando de gente idiota do lado (o resumo de todos os shows poderia ser esse). Quando começou o show do Foster the People, um desses caras decidiu que a banda era muito ruim e que dormiria até o AM. E simplesmente deitou. Aí não deu outra: Morreu pisoteado. Não, brincadeira, gente, ele foi pisoteado, mas passa bem. Eu acho. Enfim, vamos ao que interessa: O show do Foster foi BEM legal. O público tava muito animado, o vocalista – que canta com voz fina e fala com voz grossa – interagiu bastante e foi um dos shows que o público mais gostou, pelo que eu ouvi por aí.


 TÁ, MAS ESTAMOS AQUI PARA FALAR DE ARCTIC MONKEYS. 

AMANHÃ: Arctic Monkeys, meninas tristes e a festa pós-Lolla. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sobre o Lollapalooza - 1º dia


Antes

Eu tava na porta do hotel, com uma mochila contendo um casaco, documentos e ingressos quando me lembrei que não sabia chegar lá. Isso já aconteceu mais vezes do que vocês podem imaginar. Enfim, voltei pro quarto e paguei incríveis OITÔ reais por meia hora de internet no hotel só pra descobrir qual o trajeto eu deveria fazer pra chegar no Lollapalooza. Abri o site oficial e não entendi patavinas, então apelei para os populares. Vi que a Patrícia tinha postado uma foto explicando pro André comofasia pra chegar. Anotei tudo, desarrumei a cama em sinal de protesto aos OITÔ reais e partilsis. O plano era: Eu tinha que esperar o André chegar na linha amarela do metrô pra pegarmos o sentido Butantã, descermos numa rua que eu não lembromais o nome e seguirmos o fluxo até o Jockey Club. Beleza, fizemos tudo isso, paramos numa padoca pra comprar água (que, por sinal, eu tinha esquecido que só entrava no festival em copinhos, aí comprei em garrafa e tive que beber tudo antes de chegar) e finalmente chegamos. Eu tava meio apreensivo porque, além de não ter documento com foto porque fui assaltado faltando menos de uma semana pro festival, tinha achado meio cabreiro o atestado de matrícula que eu imprimi. Beleza, entreguei o atestado de matrícula, o cara NEM OLHOU e carimbou a meia-entrada. Felicidade geral da nação. Nem fila a gente pegou.

A Entrada

Fila para entrar no 1º dia do Lollapalooza

Entramos e eu fui logo pro palco Butantã, porque queria ver qualera a situação pro show do Cage the Elephant, que aconteceria duas horas depois e eu queria muito ver. Nos falaram que aquele era o palco do Foo Fighters e deu uma cafusão danada, porque, cara, impossível ter só aquele pingo de gente esperando ali sentada. Aí nos confirmaram que o palco do Foo era o outro e me deu um misto de alegria e decepção, porque eu já tava pensando MARAVILHA, VOU FICAR MUITO PERTO.


Ritmo Machine

Enfim, mais um reconhecimento de campo, tirei umas fotos pra mandar via sms pra galera de Pelotas e fomos em direção ao Cidade Jardim, o de fato palco do Foo Fighters. Já tinha uma galerinha vendo o show de uma banda chamada Ritmo Machine, uma mistura de Charlie Brown Jr com RATM, mas como tendia mais para este eu curti bastante. Dava pra ficar ali pra sempre e ver o show do Foo Fighters numa boa, numa relax. Dali 10 horas. Nem a pau, Juvenal. Acabou o show e partimos em direção ao Butantã novamente,


Wander Wildner

onde tava começando o show do Wander Wildner. Sempre quis ir, mas ele nunca foi a Pelotas. Ou pelo menos eu nunca tinha visto nada. Tinha uma gauchada por perto e foi sensacional. Acho que o público deveria ter valorizado mais. Ele tocou todasaquelas músicas dele que são todas iguais e mais algumas outras clássicas do rock gaúcho, como Um Lugar do Caralho e Amigo Punk, que foi engraçadíssimo ver que só os gaúchos tavam cantando AND entendendo a letra. Tinha uma Karen cover do meu lado e eu pensei em tirar foto pra mandar pra original, mas ela tava com namorado do lado e eu não queria ser expulso do Lolla tipo menos de uma hora depois de entrar. Enfim, foi massa pra caralho. Aí eu fiz a maior besteira de todos os tempos. Tava num lugar sensacional pra ver o show do Cage, o mais aguardado por mim, mas resolvi que daria uma voltinha pelos palcos e compraria algo pra comer (o que incluía pagar 4 bilhões de barras de ouro por um sanduíche médio).


Cage the Elephant

Voltei e o público inteiro tinha chego. Não consegui ficar num lugar sensacional como era o que eu tava antes, mas era bom o novo. Começou o show e na primeira música eu voei pra frente, perdi meu chapéu e mochila –que depois me devolveram, brigado, galera – e comecei a curtir demais. O som tava uma bosta e não dava pra escutar a voz do Matt, mas todo mundo em volta sabia todas as letras, então nem foi algo tão terrível. Tá, foi sim, eu queria ter escutado direitinho o show. Mas aí quando eles começaram a tocar Tiny Little Robots eu já não tava mais me importando com nada, o show tava demais. Perto dali o Matt deu o primeiro Mosh. Nunca foi tão violentado em toda a vida, disse ele. Eu, que tava achando o público pouco muito animado, parei de pensar isso. “Se o cara curtiu, quem sou eu pra discordar?”. Aí comecei a pular mais, meu chapéu fugiu (?) da minha cabeça e, PASMEM TODOS, me devolveram. Foi como se o meu chapéu tivesse feito um mosh pela galera toda e tivessem devolvido ele pro palco, no caso, a minha cabeça. Eu esperava que o show fosse MODAFCUKINPRACARALHODEMAIS, mas, por causa do som, foi só MODAFUCKINPRACARALHO. Mesmo assim foi o terceiro melhor de todo o festival. Queria ter ficado mais na frente. Nunca mais achei o André depois do show, mas beleza, porque outros dois amigos tavam chegando.


Luísa Micheletti

Uma deusa, uma louca, uma feiticeira. Ela é demais. (Rick & Renner)

Resolvi dar uma volta de novo porque no Cidade Jardim tava tendo o show d’O Rappa que eu já tinha visto antes e achado sensacional, mas não queria ver de novo e no Butantã ia ter uma hora de ócio até o show do Band of Horses, que eu não fazia questão de ficar apertado na frente pra ver. Por falar em ver, foi aí que eu vi a coisa mais sensacional de todo o festival. Ali, do meu lado, sem eu nem reparar. Ali, do meu lado, no estande do Multishow. Ali, com cabelos castanhos e eu achando que eram pretos. Luísa Micheletti. Não consegui mais sair dali. Até marquei de encontrar com o Fabian e a Greta do lado do estande do Multishow porque queria ficar mais tempo perto dela. Na verdade eu fiquei espiando o tempo todo pra ver quando ela ia entrar no twitter só pra eu tuitar “tô aqui no lolla do lado da @lumicheletti e ela é um pão-de-ló”. Na minha foto do twitter eu tô de chapéu também, certamente ela iria me reconhecer e vir declarar o seu amor pelo Leon. Enfim, ela nem olhou pro celular. O Fabian e a Greta chegaram e eu avisei que eles deveriam pegar uma pulseira da Heineken, caso quisessem pagar 8 bilhões de barras de ouro por um copo menor que os vendidos em tempos de outrora nos jogos do Xavante. Beleza, eles pegaram a pulseira e fomos todos pro caixa (FILA GIGANTEMENTE GIGANTE) trocar dinheiro por Pilapallooza. Ou Lollapapila. Pappillalluzza. Pippallalluzza. Sei lá. Trocar pela moeda superfaturada do festival. Feito isso fomos pro show do Band of Horses.

Band of Horses

Eu não conhecia absolutamente nada da banda, mas fui porque já tava cansado de ficar perambulando. Quer dizer, acho que eu conhecia, ouvi alguma coisa antes do festival, sei lá. O que importa é que começou o show e eu ainda tava MUITO

pilhado do show do Cage, logo, eu queria outra apresentação enérgica, de ficar pulando, cantando e empurrando a gurizada toda. Não. O show do Band of Horses foi mais tranquilão. De se ouvir e curtir o som entrando. Mas, como eu disse, não era essa vibe que eu queria, então essa foi a minha visão desse show:

Band of Horses: Uma banda muito boa pra se ouvir fazendo cafuné em Luísa Micheletti

Que foi bem legal. A banda é boa, as músicas são daquelas de encher o peito e depois eu descobri que a Luísa Micheletti curte muito. Se eu tivesse descoberto isso antes, teria curtido muito mais pra parecer “olha, temos algo em comum, desce daí e vamos viver esse amor ouvindo Band of Horses”.


Peaches


Peaches: Peitos que pensei serem dentes de alho

Cara, o que aconteceu depois do Band of Horses eu não conseguia lembrar de jeito nenhum. Na viagem de volta pra Pelotas eu passei umas duas horas tentando lembrar até me atinar de pegar o treco que tinha o line-up e ver. Aí lembrei que a gente saiu e foi dar uma olhada no show da Peaches, mas eu interpretei mal a roupa dela e pensei que era um tipo de Lady Gaga. Pensei que a mina tava usando uma roupa bordada com CABEÇAS DE ALHO, mas na verdade eram peitos. Quando uma pessoa não consegue distinguir cabeças de alho de peitos é porque tem alguma coisa de errado na vida. Acho que vou procurar um especialista.

Foo Fighters

Dalí tem um vácuo que eu não lembro o que aconteceu e a gente foi pro Cidade Jardim ver um pedaço do show do TV on the Radio (que é bem legal, btw) e esperar bonitinhos o show do Foo Fighters.

Uma hora e meia antes e o troço já tava lotado. Fomos indo até onde dava tentando sempre fugir dos buracos, o que foi praticamente impossível porque tem algum santo que não gostou da gente e nos colocou em todos os buracos do Jockey Club. Além dos buracos, altas pessoas (risos) de 2 metros ficavam na nossa frente, não tinha espaço nem pra mexer o braço e uns cariocas tavam se achando engraçadinhos atrás da gente, mas tudo isso valeu a pena, porque mal o FF começou a tocar All My Life eu já tinha sido empurrado uns 5 metros pra frente, tipo aquelas esteiras do Crash no Play1. Aí foi tudo lindo. Eu fui cada vez indo mais pra frente e o show tava muito sensacionalmente sensacional. Vendo o vídeo agora eu noto o que falam de que o Dave Grohl tava com a garganta fodida, mas lá nem notei isso. Depois de uns 20 minutos eu fiquei exatamente atrás de uma legião de gigantes vestidos de preto e não consegui ver The Pretender e My Hero, mas eu sou magrinho, no meio desta eu deslizei pelo meio deles e consegui ver Learn to Fly, que é a minha favorita, de um lugar legal. Um dos melhores momentos do dia. Depois tocou White Limo que eu acho um pé no saco então nem vou escrever nada sobre. Aí veio Breakout e foi um dos momentos de maior empolgação da negada, logo, dei mais passos pra frente. Só que aí, depois disso, veio um cara que parecia o Kurt Cobain e que sabia todas as letras e foi passando por todo mundo como se tivesse esse direito pelo simples motivo de parecer com um cara do Nirvana. Depois de um tempo, lá por Walk, eu fiquei do lado de uma mina incrivelmente CHATA. Quando eu pulava dava gosto de pisar no pé dela. A mina reclamava de todo mundo que cantava, não pulava nunca e queria um espaço ~~~~só pra ela~~~. Eu tava vendo a hora que o Dave Grohl ia fazer isso:


Algumas músicas depois o Dave apresentou os músicos e cada um fez um solo (bem fracos, por sinal). Obviamente todo o público gritou “Dave na bateria, Dave na bateria”, aí ele fez um charminho de adolescente e foi. Diferença brutal entre ele e o Taylor. Pronto, ficamos todos felizes e o show voltou à normalidade. Na hora de Best of You rolou aquela apreensão de ia rolar ou não o tão criticado flash-mob de cartazes com “OH OH”. Eu confesso que achei meio vergonha alheia, mas sei lá, na verdade deixa todo mundo se divertir do seu jeito, se todo mundo criticar qualquer atitude o planeta vai virar o lugar perfeito pra mina chata aquela. Enfim, sobre o que eu tava falando mesmo? Ah tá, Best of You. Nessa altura do campeonato eu já tinha me livrado da chatinha, mas tava do lado de uma criança de uns 14 anos minúscula e acompanhada dos pais, aí nem deu pra pular muito e eu fiquei paradinho curtindo o show e descansando um pouco.

Depois disso teve aquele momento CLÁSSICO que até hoje eu só vi a Legião Urbana tratar abertamente e falar “agora a gente vai sair ali um pouquinho, vocês gritam o nosso nome e a gente volta”. Na versão Foo Fighters esse momento foi preenchido com um vídeo direto do camarim num clima meio Zorra Total. Dave falando que iria tocar mais uma música e o Taylor atrás mostrando que seriam duas. Dave falando que, ok, tocaria mais duas e o Taylor pedindo três e por aí foi até que finalmente ficou claro que seriam mais cinco.

A volta foi épica. Talvez mais pra mim, porque eles tocaram Dear Rosemary, que é a minha predileta do disco novo e eu nem imaginava que fosse estar no show. Depois de babar o ovo do organizador do festival, o Dave babou o ovo da Joan Jett e chamou ela pro palco pra tocar Bad Reputation e I Love Rock N’Roll. Sensacional. Depois disso era só tocar Everlong e ir embora mesmo, o espetáculo tava completo.

Dá gosto ver uma banda com gosto pelo palco.

O que não deu tanto gosto foi a volta.

A Volta

Público chegando ao metrô após o 1º dia do Lollapalooza

Obviamente eu não fazia mais a menor ideia de onde meus amigos estavam, então segui o fluxo e fui em direção ao metrô MORRENDO DE SEDE DEUS DO CÉU QUE SEDE, mas tava sem dinheiro. Cheguei no hotel depois e botei a boca embaixo da torneira do banheiro risos. Tá, sem interrupções pra contar histórias futuras, vamos nos concentrar no lance da saída. Então segui o fluxo e fui em direção ao metrô. Chegando lá parecia que todo o festival tinha decidido voltar da mesma forma. E óbvio que os funcionários do metrô não esperavam aquele movimento faltando uma hora pra irem embora. Tava um lance meio The Walking Dead trocentas e vinte pessoas morrendo de cansaço tentando entrar no metrô por SETÊ catracas. Sendo que uma começou a funcionar só quando eu já tava perto. Sério, caro leitor, nunca pegue metrô após um evento grande no Jockey Club.