Olha, vocês
não devem saber, mas a minha vida anda meio borocoxô nos últimos tempos. Vamos
botar ali de novembro até o presente dia o nosso querido Deus não tem rogado
por mim. São várias coisas, não tem porque contar aqui, enfim, são várias
coisas. Só o que dá pra dizer é que se eu fosse um personagem, seria aquelenáufrago do protetor de tela clássico do final dos anos 90/início dos 00. Meu
cachorro morreu, por exemplo. Tá bem ruim.
O jogo de
hoje representa muito mais do que aquilo que vem sido falado, de serem dois
clubes históricos da zona sul do estado, dois clubes com torcida, já que ultimamente
apenas times sem grandes aficionados tem se dado bem na segunda divisão gaúcha
(a equipe do Riograndense, até então melhor campanha da competição, tinha nos
Eucaliptos domingo passado mais torcedores com camisas do Grêmio do que
qualquer outra).
Vai muito
mais além. Vale a minha felicidade. Desde que o Brasil se classificou para as semifinais
eu tenho depositado todas as minhas fichas nesta equipe. Tem dado certo, até
agora. Quando Gustavinho fez aquele gol de cobertura totalmente fora das regras
da Segundona eu senti que tudo desabaria novamente. Não bastava tudo de errado
dando na minha vida, o Xavante também me daria tristeza. “Devo ter colado
chiclete na cruz”, logo pensei. “Na minha vida passada eu devo ter sido um
ditador sanguinário e agora estou pagando meus pecados”, pensei depois. Mas eis
que surge um herói. Um cavaleiro meio acima do peso, mas ainda sim um salvador.
Éder Machado, amigos. Éder Machado fez com que eu não cortasse meus pulsos ao
chegar em casa. Por uma semana, é verdade, mas reacendeu as minhas esperanças
de que algo de bom pode acontecer em breve. E pode ser hoje.
Por isso
peço, queridíssimos jogadores do Grêmio Esportivo Brasil, joguem com raça,
joguem com amor, joguem pelo Xavante e, principalmente, joguem por mim.
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